O papel das redes de comunicação no processo de Adaptive Learning

Imagine um professor em uma sala de aula com muitos alunos. Cada aluno possui um background diferente. São diferentes formações sociais, pensamento crítico, culturas e personalidades. É de se esperar, portanto, que um bom professor consiga se adaptar às particularidades de cada aluno, para melhorar a experiência de ensino de cada um deles.

No caso do ensino à distância, EAD, que vem crescendo cada dia mais no Brasil, o mesmo deve acontecer. A tecnologia educacional evoluiu a tal ponto que permitiu que milhares de estudantes por todo o país continuassem aprendendo, mesmo em vista das restrições de circulação impostas como forma de frear o avanço do corona vírus.

No entanto, essa evolução junto com a ampla adoção do EAD expuseram diversos outros desafios que a tecnologia educacional ainda precisa superar para oferecer uma experiência igual (ou até melhor) do que aquela realizada em sala de aula física. Um desses desafios diz respeito, justamente, à capacidade de adaptar o ensino às características de cada aluno.

O Adaptive Learning é a tecnologia que resolve esse problema. Mas como ela funciona e qual o papel das redes de comunicação em tornar o Adaptive Learning possível?

O que é o Adaptive Learning?

A premissa básica do Adaptive Learning (também chamado de aprendizagem adaptativa) é usar a tecnologia para melhorar a educação e o treinamento, fornecendo programas de aprendizagem individualizados aos alunos com base em dados coletados antes e durante o processo de aprendizagem. 

As melhores plataformas de Adaptive Learning usam alguma forma de mineração de dados para reunir conteúdo de aprendizagem que é otimizado para as necessidades de cada aluno. Esses dados são coletados pela plataforma continuamente enquanto um aluno interage com qualquer conteúdo de aprendizagem.

Tal plataforma pode determinar quais atividades de aprendizagem, fornecidas por meio de qual meio e em que sequência, ajudarão a melhorar a aprendizagem do aluno. Usando a aprendizagem adaptativa, cada aluno passa por uma experiência de ensino altamente individualizada e única, o que permite extrair resultados  de aprendizagem muito melhores.

A tecnologia de Adaptive Learning visa emular e apoiar a atuação dos educadores para fornecer a melhor experiência de aprendizagem possível para cada aluno. Ela ajuda a dimensionar os benefícios do aprendizado adaptativo para dezenas, centenas ou milhares de alunos por vez.

Usando regras predefinidas ou algoritmos para moldar o conteúdo às necessidades de um aluno individual — assim como um professor faz com os alunos em sala de aula — a tecnologia pode fornecer a correção necessária, conteúdo extra, palavras de incentivo e muito mais.

Como o Adaptive Learning funciona?

O Adaptive Learning utiliza Machine Learning, tecnologia de IA. Essa tecnologia analisa os chamados fatores de adaptabilidade para definir como cada percurso de aprendizagem deve ser adaptado. 

Esses fatores são informações sobre o perfil do aluno, comportamentos e benchmarks de desempenho que são usados para adaptar uma experiência de aprendizagem e desencadear respostas exclusivas, usando tipos de adaptatividade diferentes.

Aqui estão alguns exemplos de fatores de adaptabilidade:

  • Desempenho: a resposta correta ou incorreta foi fornecida? Como o aluno se saiu em uma série de tarefas / aulas?
  • Comportamentos: quanto tempo o aluno demorou para concluir a tarefa?
  • Información: os alunos podem compartilhar o quanto se sentem confiantes com determinado material, quais suas preferências de tipo de conteúdo ou outros dados pessoais para alterar o que acontece a seguir.

Com base no que aconteceu na jornada de aprendizagem do aluno, você os conduz conforme planejado, fornece dicas ou redireciona totalmente o caminho de ensino. As formas como a lição pode se adaptar com base no desempenho do aluno incluem:

  • Feedback em tempo real: oferece ajuda apropriada quando for mais necessária, por exemplo, ou dicas baseadas em equívocos mostrados;
  • Caminhos diferenciados: oferece sequências variadas de conteúdo para cada aluno, por exemplo, fornecendo ajuda extra para um conceito específico antes de continuar para o próximo tópico, acelerando os alunos mais avançados ou permitindo que eles decidam o que aprenderão a seguir.

As redes de comunicação e o Adaptive Learning

As instituições de ensino têm sido historicamente lentas em adotar novas tecnologias — no entanto, a pandemia do corona vírus as obrigou a abraçar uma série de tecnologias sem ter tido tempo efetivo de preparar as bases para recebê-las. 

Em outras palavras, o avanço de tecnologias como Adaptive Learning demanda das instituições redes de comunicação eficazes, 100% disponíveis e rápidas para otimizar a experiência de ensino. 

Com tantos processos educacionais — presenciais ou remotos — dependentes da internet, a confiabilidade e a disponibilidade da conexão são mais importantes do que nunca. Agora, as escolas precisam de redes mais inteligentes e ágeis para responder às demandas de um ambiente de aprendizagem digital que ainda está passando por grandes mudanças.

Para muitas instituições, isso significa mudar de redes de arquiteturas WAN (rede de longa distância) legadas para o SD-WAN (redes de longa distância definidas por software). O SD-WAN permite que os gerentes de rede aproveitem o poder da internet com controle baseado em software para garantir que o desempenho dos aplicativos seja maximizado, a confiabilidade e a estabilidade da rede sejam aprimoradas e a segurança e a privacidade sejam garantidas. 

Por meio dessa abordagem, a rede pode ser flexível para atender às demandas que estão sendo colocadas nela e escalar para atender à alta demanda, tornando-a mais adequada para executar aplicativos baseados em nuvem, como as plataformas de Adaptive Learning.

Por exemplo, o SD-WAN pode fornecer às escolas e universidades conectividade econômica para transportar informações vitais que dão suporte ao Adaptive Learning, ao mesmo tempo que prioriza aplicativos específicos que a escola categoriza como críticos para funcionários e alunos. 

Esse gerenciamento e priorização permitem que as escolas ditem quais conteúdos e aplicativos têm prioridade de largura de banda. Isso não apenas facilita um ambiente de aprendizagem mais dinâmico, mas também a capacidade de professores e administradores de terem sucesso em suas funções.

Para saber mais sobre como adequar as redes de comunicação da sua instituição às novas demandas tecnológicas, acompanhe o blog da Bedu.Tech e fique de olho em todas as nossas dicas!