As tendências para o setor de educação no pós-pandemia

Com o início do terceiro ano letivo em que a educação ainda precisa lidar com os impactos da pandemia do coronavírus, 2022 promete ser importante.

Em todo o mundo, os sistemas educacionais tiveram que lidar com fechamentos esporádicos, acesso desigual à tecnologia educacional e outras ferramentas de ensino à distância — além, claro, de profundos desafios para manter a saúde física e emocional de alunos e professores.

Ao mesmo tempo, nem todas as mudanças repentinas precipitadas pela pandemia foram ruins – com algumas inovações promissoras, aliados e maior atenção no campo da educação global surgindo nos últimos três anos. A questão-chave, agora, é entender quais mudanças trazidas vieram para ficar e o que a tecnologia guarda como tendência para melhorar a qualidade de ensino no mundo pós-pandemia?

Para te ajudar a responder essa e outras perguntas, separamos abaixo algumas tendências que certamente impactarão o setor de educação neste e nos próximos anos que virão. Acompanhe!

1. O aprendizado híbrido será a norma

O aprendizado híbrido é uma combinação dos ensinos on e offline, na qual os alunos interagem com o professor, o material e outros alunos por meio de uma sala de aula física e por meio de uma plataforma online. A grande vantagem desse modelo é que ele permite aproveitar o melhor dos dois mundos, beneficiando tanto alunos quanto professores e instituições de ensino.

Vale destacar que o ensino híbrido usa a tecnologia não para substituir, mas sim para otimizar o formato tradicional de ensino, se integrando completamente a este. Em outras palavras, a tecnologia usada no ensino híbrido permite transformar e melhorar o processo de aprendizagem para alunos e professores.

Com o aumento do acesso à internet e da digitalização, a educação à distância foi ganhando espaço. Isso fez com que instituições em todo mundo percebessem a importância de buscar modelos de ensino mais inovadores — especialmente considerando a nova leva de alunos nativos digitais que chegaram às escolas. Com o aprendizado híbrido, será possível atender às necessidades dessas novas gerações.

2. Ensino personalizado aos diferentes estilos

A aprendizagem personalizada sempre esteve em alta nos últimos anos. Como visa personalizar o aprendizado de acordo com os pontos fortes e fracos e necessidades, habilidades e interesses de cada aluno. Promove o progresso dos alunos para que cada criança possa se mover no ritmo certo. Novos programas de software adaptativos permitem que os professores usem o mesmo para todos os alunos em sua sala de aula.

Isso fornece muito mais flexibilidade e chances de sucesso ao aluno. Aqueles com maior facilidade podem avançar e ver conteúdos mais avançados para complementar seu aprendizado, enquanto os que ainda precisam de ajuda podem ter a atenção necessária para alcançar seus colegas. Essa abordagem personalizada considera os diferentes estilos de aprendizagem e permite atender às necessidades exatas de cada aluno.

3. Criatividade e flexibilidade do modelo escolar

Os educadores tiveram que ser criativos e flexíveis por necessidade, mas a pandemia também forneceu um cenário ideal para romper com práticas estagnadas e experimentar novas abordagens. Práticas instrucionais inovadoras, como a distribuição de caixas com materiais para aprendizagem prática e o desenvolvimento de atividades acadêmicas interativas online, ajudaram os alunos a continuar seus estudos em casa.

Além disso, os educadores ansiosos para manter fortes culturas escolares positivas, mesmo quando funcionários e alunos não estavam cara a cara, criaram vídeos, planejaram formaturas e fizeram eventos sociais por videoconferência. Essas abordagens ajudaram a elevar o moral, manter as tradições e fortalecer o pertencimento à comunidade durante o fechamento prolongado das escolas.

Agora, a criatividade pode se estender além das salas de aula quando a pandemia desaparecer. Por exemplo, o planejamento fiscal escolar pode precisar adaptar abordagens — com a adoção do ensino híbrido, por exemplo, os custos de manutenção de grandes espaços escolares poderão ser reduzidos, com seu orçamento sendo direcionado para novas e interessantes iniciativas.

4. Aumento das conexões entre pais-escola-alunos

Durante a pandemia, muitos pais entenderam que a maneira como aprenderam adição e subtração não é a mesma maneira como seus filhos estão aprendendo matemática atualmente. Da mesma forma, os sistemas escolares rapidamente descobriram que precisavam fornecer aos pais orientações explícitas e repetitivas para ajudá-los a apoiar o aprendizado de seus filhos em casa.

Houve muitas frustrações de ambos os lados, mas a mudança forçada para o ensino à distância também teve um efeito colateral bem-vindo: pais e funcionários da escola se sentiram mais conectados à medida que as comunicações de ida e volta aumentaram e a apreciação cresceu pelos desafios e sucessos uns dos outros. Para professores, esta é uma das tendências mais positivas que eles esperam que continue anos após o fim da pandemia.

Vários escolas e instituições criaram novas oportunidades para treinar os pais sobre como usar as plataformas de aprendizado online. Além disso, muitas ampliaram as parcerias escola-casa-comunidade, fortalecendo os laços que ajudam a promover ainda mais a educação de qualidade e o bem-estar do aluno.

Sem dúvidas, os impactos da pandemia do coronavírus causarão mudanças que serão sentidas para sempre no setor de educação. Por isso, é importante que escolas, professores e alunos se adaptem rapidamente, sob o risco de ficarem para trás em um mundo em constante evolução.

Para continuar aprendendo sobre as tendências para o setor de educação e saber como otimizar a gestão na sua instituição de ensino, continue acompanhando o blog da Bedu.tech e veja todas as nossas dicas!